17 de mai. de 2014

Família Siena

Fotografia: Leandro Siena Acervo de Leandro Siena

Arte espontânea, arte naif, primitiva, erudita, moderna, contemporânea... enfim, ARTE. Por Leandro Siena

As questões que envolvem a produção de cultura são infinitas, o próprio termo cultura nos trará discussões que nos remetem a abordagens também infinitas. Prefiro acreditar que será sempre importante uma reflexão entre as diferentes formas de cultura, e que é preciso pensar nesta gama de análises e suas capacidades transformadoras, como complementares entre si e não excludentes. A arte naif, primitiva, ou espontânea, preferindo este último termo, nos trás questões que estão ligadas a religiosidade, cultura popular, antropologia, filosofia, expressividade, enfim, a uma rede que se conecta ao fazer artístico. O fazer artístico não pode ser rotulado de maneira classificatória, e neste caso, o fazer artístico ligado ao que temos de mais verdadeiro e que é inerente a toda pessoa que é a criação. O ser humano é naturalmente um criador, portanto, quando falamos em criação, não podemos rotular se isto ou aquilo é bom ou ruim, mas devemos reconhecer as diferenças. Os artistas espontâneos trazem questões que são significativas de conhecimentos, dos mais diversos. Assim, porque ainda temos pouca valorização deste tipo de arte nos meios culturais? A cultura popular é tão ou mais significativa que qualquer outra. Há necessidade de uma maior valorização desta forma de cultura nos meios acadêmicos, instituições culturais, exposições, enfim, no ambiente cultural de nosso tão plural país. Temos, no Brasil, alguns eventos que são propulsores desta forma de arte, como o caso da Bienal Naif de Piracicaba promovida pelo Sesc, o MIAN - Museu Internacional de Arte Naif - Rio, e poucas outras instituições. Haveria necessidade de outras formas de se educar o público estudantil por exemplo. Provocar novas formas de conhecer, refletir e valorizar este patrimônio cultural tão representativo, como disse acima, de transformação. Transformação é o que acontece conosco quando nos aproximamos e permitimos o devaneio proposto pelos trabalhos de arte espontânea. Um universo mágico, dinâmico e principalmente vivo se aproxima. Sou arte educador a décadas e também a décadas procuro trazer este universo para o conhecimento dos estudantes. São várias propostas de trabalhos práticos, leitura de textos e análises que provocamos com estes estudantes, inclusive pontuando artistas importantes da própria história da arte, ou melhor, da humanidade, e que trazem a importância desta forma de arte. Picasso por exemplo, dizia; “A Arte primitiva é mistério que vive na alma e brota com a emoção”. Acredito muito nesta forma de arte como algo que nos apresenta o universo da coletividade provocado pelo fazer artístico. Respeitar a coletividade e a diversidade cultural, penso ser, a maior fonte de riqueza do povo brasileiro. Neste momento abençoado temos, o surgimento de uma outra artista que é Conceição Silva. Conceição Silva começa a fazer parte de uma rica força artística, principalmente de nossa cidade Batatais. Espero que possamos ter muita produção desta artista espontânea, acredito em seu trabalho como uma chave para o devaneio, e sobre a arte e sua função, não acredito em nada que não seja algo como: “A arte é um sino, um sinal para tirar-nos da alienação. Quando ele se manifesta verdadeiramente em nós, treme-se a carne e a alma dispara... surge o cidadão”. Leandro Henrique Siena. Arte Educador no Centro Universitário Claretiano e UNIFRAN

9 de mai. de 2014

Rebanho

Garantido do Coração

Cida da Luz!!!

Salve Jorge!!!

Salve São Benedito!!!

Iguais

Sagrada Família

Chico das Flores

Senhora dos Pequeninos

Zumbi de Tone ou Tone de Zumbi

Senhora Pequenina

Nossa Senhora dos Coraçoes

Acrílico sobre tela

23 de abr. de 2014

Salve Jorge

Pus em cada arraial uma estrela no chão Com a ponta do meu facão Acrílico sobre tela